Pesquisa Datafolha: 38% reprovam atuação do STF, enquanto 27% aprovam
Avaliação indica desgaste de imagem da Corte em ano de polêmicas e atritos com Congresso e bolsonaristas. Margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.
Pesquisa Datafolha, divulgada pelo jornal “Folha de S.Paulo” neste sábado (9), revelou um cenário de piora em relação à atuação do Supremo Tribunal Federal (STF). Os números refletem a opinião de 2.004 entrevistados em 135 cidades, coletados no dia 5 de dezembro, com uma margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Os resultados apontam que 38% dos participantes reprovam a atuação do STF, enquanto 27% aprovam. Essa diferença coloca em evidência uma discordância substancial entre aqueles que apoiam e os que desaprovam as decisões e a postura da Corte. É importante notar que houve uma piora significativa na avaliação desde dezembro de 2022, quando os índices de aprovação e reprovação estavam equilibrados em 31%. Em dezembro de 2022, o índice estava em 34%.
Essa oscilação pode indicar uma tendência de polarização na percepção do público sobre o STF.
Críticos do STF apontam ativismo em decisões, como na tentativa ora represada de flexibilizar a possibilidade do aborto, e alguns indicam excessos em decisões relativas a todos que se colocam contrários a métodos draconianos do tribunal no caso das fake news e no processo dos atos antidemocráticos.
Esse retrato complexo e em constante mudança da opinião pública em relação ao STF revela a importância e a sensibilidade das decisões tomadas pela mais alta Corte do país. As diferentes visões refletem não apenas a diversidade de opiniões na sociedade brasileira, mas também a relevância dos temas julgados pelo tribunal e seu impacto direto na vida dos cidadãos.
À medida que o STF enfrenta desafios e responsabilidades significativas, é crucial buscar um equilíbrio, respeitando a independência dos três Poderes, promovendo um diálogo transparente e construtivo com a sociedade. A oscilação na percepção pública ressalta a necessidade contínua de transparência, comunicação efetiva e o fortalecimento da confiança dos cidadãos na instituição, outrora muita respeitada.
Fonte: Agenda Capital